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Investimentos chineses deve trazer US$ 20 bi para o Brasil

segunda-feira, 20 de março de 2017

Fonte: Renée Pereira, Mônica Scaramuzzo e André Borges , São Paulo e Brasília, Estadão

O Brasil em crise virou a grande oportunidade para os chineses ampliarem seus negócios no País. Sem medo de gastar e com forte apetite para o risco, eles planejam desembolsar neste ano mais US$ 20 bilhões na compra de ativos brasileiros – volume 68% superior ao de 2016, segundo a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China. O movimento tem sido tão forte que o País se transformou no segundo destino de investimentos chinês na área de infraestrutura no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.


O atual movimento dos asiáticos no Brasil tem sido considerada como a terceira onda de investimentos chineses. Na primeira, vieram grandes multinacionais, como a Baosteel, de olho no setor de mineração e aço. A empresa chegou a fazer parceria com a Vale para construir duas siderúrgicas no País, mas o projeto não prosperou. Em 2011, comprou uma pequena participação na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, que aposta na exploração de nióbio. 

 

Na segunda onda de investimento chinês, apareceram companhias que tinham pouca ou quase nenhuma experiência no mercado externo. A onda atual também inclui empresas inexperientes no mercado internacional, mas gigantes na China, com muito dinheiro para gastar. E, desta vez, as companhias têm se cercado de assessores financeiros e jurídicos.

 

Futuro. Nos próximos meses, vários negócios em andamento poderão ser concluídos. É o caso da Shanghai Electric, que estuda assumir projetos de transmissão da Eletrosul, cujos investimentos somam R$ 3,3 bilhões; a SPIC está na disputa pela compra da Hidrelétrica Santo Antônio; e a CCCC tem vários ativos na mira, de construtoras a ferrovias. Outra que fez aquisições em 2016 e não deve parar por aí é a Pengxin. A empresa negocia a compra de parte do banco Indusval, apurou o Estado. Fontes afirmam que há ainda planos da Pengxin levantar um fundo de US$ 1 bilhão para investir em agricultura. Procurados, o banco não comentou o assunto e a Pengxin não retornou os pedidos de entrevista.

 

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